terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um quase

Nós perguntamos quando teríamos uma nova oportunidade para da felicidade provar.
O tempo se passou e aquilo que perecia tão intenso, tão urgente se acalmou.Nosso dia chegou.
Feito tradição pessoas se colocaram entre nós, mas dessa vez estávamos determinados..faríamos tudo diferente.
Você me recepcionou com um quase beijo, deveria ter arriscado mais.Aguardava ansiosa a chegada daquele momento, mas compreendi; a pressa tudo destrói!
Assim que nossos olhares se tocaram novamente senti aquela magia que temos quando estamos juntos no ar, nos sentados ao chão, olhávamos um ao outro com atenção, sorriso frouxo, conversa boba.Dizíamos tudo sem falar nada.As pessoas notaram, algumas não gostaram e outras certamente nos apadrinharam.
Como de costume em poucos instantes surgiram aqueles querendo nos roubar, tirar de nós os momentos que ali poderíamos ter, sempre a mesma cena, o mesmo dialogo ... "-venha aqui preciso falar com você", "-ah me acompanha até ali"..; as mesmas desculpas.. as mesmas solicitações... e novamente eles ignoravam o que ali facilmente se notava. A nós dois só havia naquele local nós, não víamos o mundo de gente que lá estava, não ouvíamos a musica alta, as risadas descontroladas, só ouvíamos a voz um do outro, só víamos os olhos um do outro.Nada mais importava estávamos juntos.
A noite foi passando sorrateira, nós separou nos momentos em que nos pediam uma dança e nós educados como sempre dançávamos com os que nos convidaram, outros nós ofereciam bebidas para envolver uma conversa sem importância, aceitávamos..sempre fazendo a social..mas nada daquilo nos importava.. o que queríamos era simples, um ao outro.
O sol começou a nos ameaçar, furtando novamente uma chance dada pelo destino.Não podíamos adiar e quem nos fez ajustar nossos relógios foram nossos futuros padrinhos.palavras de incentivo e verdades que sabíamos mas que temíamos acreditar.
Saímos a caminhar, num caminhar descompassado, sem pressa e precioso.
Tudo aconteceu tão rápido, a madrugada nos abençoou, já estávamos de braços dados, em poucos minutos nos vimos abraçados. Ah foi tão bom.
Senti tua respiração, teu calor, teu odor.. ouvi seu coração... sonhei ao sentir tua mão tão delicada, tão vergonhosa e tão desejosa acariciar meus cabelos.Foram toques leves, macios, carinhosos.Nessa calmaria de nossos avanços o ouvi, teu coração tão lindamente disparar, numa batida descontrolada, ele corria apesar de estarmos parados, estáticos, imóveis... nada falávamos, apenas sentíamos.
Novamente vieram nos roubar, um do outro... convites indesejados de pessoas que desejavam nossa companhia.Fomos, mas não nos separamos, estávamos em locais distintos com pessoas distintas, mas estávamos no mesmo lugar, unidos se não por corpo mas por coração.
Passado um tempo voltamos a nos presentear, um se entregou ao outro, sem embrulhos mas com carinho.Novamente abraçados, mas o sol chegou e com ele a hora da partida.
Foi engraçado, mas foi triste; nós arriscamos a desvendar caminhos nunca antes percorridos e nós perdemos, a caminhada foi longa embalada a uma conversa mansa, selaríamos tudo aquilo no fim de nosso destino.
Ria, o destino acaba de fazer mais uma piada!Não chegamos aonde íamos, voltamos ao ponto de partida.
Espere, tenha calma teremos outra oportunidade!Pelo menos é o que eu espero.
Trocamos de parceiros, você seguiu com o inconsciente, eu com a responsabilidade.
Ao me despedi, lhe presentei com o que desejava desde o inicio.Toquei seus lábios leve e carinhosamente, lhe disse sussurrando um tchau e parti. Não parti porque queria ir, mas porque precisava ir.
Na próxima ocasião só espero que ouse.Esperarei como sempre esperei.

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