quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ontem, eu e a solidão

Caminhar,


ouvir meus passos,


sentir a brisa fria soprar em meus cabelos soltos;


sentir o nada


e estar acompanha por ninguém.





Olhar o céu


Dar adeus ao dia que partia


ver sua cor ser apagada com maestria


pelo negro da noite que nascia





Noite fria


Nuvem densa,


se sobrepunha ao fim dia


trazia o êxtase e a agonia


mistério e solidão


frio e agitação





Inquieta


Imóvel e transformadora


Tudo mudava


tudo mexia


toda dor removia


plantava


esperança





Esperar


Esperança


Esperar





Nascer de um novo eu


no auge da solidão


um broto de amor


amor próprio


amor meu


amor pelo meu eu


amor que não é mais teu


amor





Ontem


que me presenteou com hoje


que deu a mim o meu novo eu


e me fez nascer hoje


Ontem