Caminhar,
ouvir meus passos,
sentir a brisa fria soprar em meus cabelos soltos;
sentir o nada
e estar acompanha por ninguém.
Olhar o céu
Dar adeus ao dia que partia
ver sua cor ser apagada com maestria
pelo negro da noite que nascia
Noite fria
Nuvem densa,
se sobrepunha ao fim dia
trazia o êxtase e a agonia
mistério e solidão
frio e agitação
Inquieta
Imóvel e transformadora
Tudo mudava
tudo mexia
toda dor removia
plantava
esperança
Esperar
Esperança
Esperar
Nascer de um novo eu
no auge da solidão
um broto de amor
amor próprio
amor meu
amor pelo meu eu
amor que não é mais teu
amor
Ontem
que me presenteou com hoje
que deu a mim o meu novo eu
e me fez nascer hoje
Ontem
quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Sobre o Mar

Limpido e profundo
Calmo e agitado
Espera e age.
Azul, do mais claro e feliz
ao mais intenso e preocupante
As vezes negro e brilhante
Outras simplesmente vislumbrante
Envolvente
Frio e caliente
Inscessante
Vicioso
Audacioso
Saudoso
Interessante
Chega manso e inofensivo
Te envolte e ti rouba de si mesmo
Toma-te
Conquistá-o
Fica e te vicia
aproria-se da tua alegria
torna-se seu riso e parte
Se transforma em choro
em adorno
da cor e sabor
ao desamor
Salgado
num misto
de amargo
Quanto mais o tens
mais o queres
e quanto mais o queres
mais o tens
O mal esta na sede
no vicio
e no mal do tido
do tomado
do apropriado
do inesperado
do amado
Ele vai sem partir
Deixa sede ao alimentar
Te resseca ao te molhar
Lhe faz chorar
Ele é o mar que te conquistou
que te amou
e te fez amar
amar
o mar
amar
gar
partir sem ir
voltar sem chegar
(a)MAR
segunda-feira, 14 de março de 2011
Aperto
O nó que te sufoca,
a dor que te incomoda.
O grito que te cala
A alma que fala.
O tudo e o nada que te transborda
o Não que te acorda
O que lhe dá quando o sonho acaba
a dor que te incomoda.
O grito que te cala
A alma que fala.
O tudo e o nada que te transborda
o Não que te acorda
O que lhe dá quando o sonho acaba
quinta-feira, 3 de março de 2011
Sobre as reticencias
Sempre há um começo, com um lindo e destacado paragrafo; óbvio e corriqueiro.
Porém nem sempre as coisas acabam; melhor dizendo, nem sempre temos um ponto final demarcando o fim, ficamos nas incertas e nebulosas reticencias...
Foi assim com isso que não podemos nomear e que ainda encontra-se em suspensão.
Sem definição, nem pontuação
Nos encontramos nesse espaço incerto, indefinido, impensado e incompreensível que são as reticencias
Já lhe disse naquilo que ouso chamar de nosso passado que sempre necessitei de pontuação, sempre tive essa mania louca de querer saber se o que vivo é o presente, o passado ou as portas de um futuro.
Essa coisa de leitora assídua me afeta e me prende aos tempos verbais que a vida carrega.Vivo em palavras e por isso preciso de pontuação, para que não me torne um amontoado de letras embaralhadas sem sentido e sem função.
Você sabia dessa minha mania quando se arriscou a escrever na minha historia.Conhecia meus tempos verbais e meu apego a pontuação.
Iniciou um paragrafo cheio de mistérios, com frases inacabadas e intenções pairando nas entrelinhas, sem aviso deixou reticencias, não definiou uma virgula nem um ponto final.. simples e incompreensíveis reticencias...
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Primeiras Lágrimas

Tudo foi acumulo
Todo nó se engrandeceu
Todo nada se transformou
Todo se fez tudo e
Tudo transbordou
No dia do riso elas roubaram a cena,
estrearam o show sem nenhum problema
A engasgaram e tranbordaram
Chegaram em forma de dor, e depois de desabafo de desamor.
Fizeram lhe a cabeça girar e lhe aconselharam ao coração mais uma vez congelar.
Afogamento
Tudo de um segundo ao outro se tornou nada!
Foi empolgação, foi sonho...foi imaginação.
O desejo de se viver uma linda historia a fez fantasiar,
e como todo Carnaval tem um fim.
Ela viu que já era quarta de cinzas
e que a alegria do festim já não lhe cabia.
Foi pra o mar.. lavar suas mágoas.
E lá se deixou levar... pelo leve balanço das ondas.
que pouco a pouco a fez se soltar
lhe envolveu
lhe consumiu
lhe viciou
e por fim
lhe afogou
Ela chegou ao fim.
E foi assim que se despediu de si.
Foi empolgação, foi sonho...foi imaginação.
O desejo de se viver uma linda historia a fez fantasiar,
e como todo Carnaval tem um fim.
Ela viu que já era quarta de cinzas
e que a alegria do festim já não lhe cabia.
Foi pra o mar.. lavar suas mágoas.
E lá se deixou levar... pelo leve balanço das ondas.
que pouco a pouco a fez se soltar
lhe envolveu
lhe consumiu
lhe viciou
e por fim
lhe afogou
Ela chegou ao fim.
E foi assim que se despediu de si.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Selo de qualidade
Selo ganho do blog da magestosa e amada Paulinha.
Se não deruba, fortalece
Obrigada flor.
Tarefa do selo
Responder as perguntas:
Nome: Pri Carvalho
Uma música: A Sete Chaves - Malgore
Humor: Bipolar
Uma cor: Lilás
Uma estação: Outouno
Como prefere viajar: esperançosa e animada.
Um seriado: Lost
Frase ou palavra mais dita por você: seu/sua Linda!
O que achou do selo: Fantástico.
Indico o selo para os blogs:
Ensina-me a voar
Pote de sonho
Tocando estrelas...
Paradoxo-Inconstante
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Relato de um Doce Novembro
Descobrimento..essa foi a palavra de ordem!
Ela esteve presente em todos os momentos..e em todos os sentidos.
A tal da menina que contou essa historia me disse que foi nesse doce novembro que ela descobriu a paixão, a ternura, o carinho, a cumplicidade, a amizade e mas um bocado de outros sentimentos que nem sabe se tem nome..ou palavra que defina.
Tudo começou como sempre começa.. com palavras amargas sendo pronunciadas a esmo.. reclamações... frustrações sendo expelidas de um coração machucado, desajustado com o amor. E quando tudo não passava de nada ele surgiu.
Trouxe-lhe atenção... coisa tão estranha na vida dessa guria que ela até se assustou. Atenção, aplicada em todos os sentidos.. de notar e assistir, e sem que percebesse essa atenção trouxe mais, lhe deu o carinho, ele chegou tão tímido...mas tão intenso que podia sentir sua força a cada instante.
Do carinho venho a ternura.. todos os atos, palavras e sentimentos que a envolviam traziam consigo essa sensação.O carinho foi um pentelho danado que foi crescendo a cada dia e hoje já é quase um adulto..e a cumplicidade..essa chegou toda quietinha e agora dá gargalhadas a bom som. Foi neste momento que a guria olhou ao seu redor e notou que todos aqueles sentimentos que a cercavam e lhe faziam companhia davam as mãos uns aos outros e se revelavam como amizade, daquela bem pura e bem definida.. toda forte e bem brilhante... pois era amizade de ouro... daquelas que sentimos que são eternas e que se não tomarmos cuidado se transforma em amor.. do mais belo.
O novembro acabou mas sue gosto doce ela ainda o sente, e revive cada momento todos os dias ao despertar; pois é nos sonhos que ela escreve seu diário.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Ela
Vai vivendo o que a vida lhe oferecer, refletindo sobre o irreflexível;
tentando se encontrar aonde não se perdeu.
Levando um dia após o outro
na tentativa de no amanhã encontrar o que não teve no ontem.
Vai vivendo em seus clichês...
Sua vida é um clichê!
Sempre nos quases,
sempre nos porquês...
Enfim.
tentando se encontrar aonde não se perdeu.
Levando um dia após o outro
na tentativa de no amanhã encontrar o que não teve no ontem.
Vai vivendo em seus clichês...
Sua vida é um clichê!
Sempre nos quases,
sempre nos porquês...
Enfim.
sábado, 20 de novembro de 2010

Sempre ouviu que uma janela se abria a cada porta fechada.
Mas ninguém havia lhe dito que uma vela sempre acende quando a luz se apaga.
Mais uma noite de amargura, foi o que pensou ao se deitar. Todo aquele ritual de lágrimas a derramar já lhe era tão habitual que nem se assustava mais ao ver o dia clarear.
Noites ás claras mesmo na mais intensa escuridão.
Solidão, companhia constante. Decidira depois da primeira semana que para melhor acolher aquela que não lhe abandonara nunca, deixaria sempre uma luz acesa, por mais extinta que fosse lhe dava um conforto no desconforto e lhe permitia ver as cores de sua dor.
Meses na bruxulenta luz do velho abajur que sempre fora testemunha de seus amores e desamores.Voyer de todos os seus viveres.
Mas essa noite seria distinta, desde o clarear deste dia ela sentia que havia algo a mudar, que tudo aquilo não cabia mais a sua vida. Que novos ares deveriam entrar por sua janela e novas cores pintar seu dia.
Mesmo ao pressentimento de novas emoções seguiu seu dia abatida como de costume revivendo os mesmos choros, e sorrindo os mesmos sorrisos amarelados pelo uso.
A noite caiu mansa, calma, serena..e seu coração agitou-se, estava ansioso, a muito só batia pelo sofrer, mas esta noite seria diferente, ao brindar o brilho da lua ele sentiu novos motivos por pulsar, bombeava seu sangue de forma avassaladora, fazia suas veias pulsarem ao ritmo da respiração acelerada, toda a calmaria no por do sol, se transformara em emoção.Emoção não contida, não compreendida.
Ela refez seu ritual, encostou as janelas, permitindo que só uma leve brisa alcançasse o interior de seu quarto, acomodou-se em meio as muitas almofadas que revestia sua cama, recostou o livro que relia por um numero perdido de vezes, aquele que sempre sonhava virar realidade na sua própria vida, aquele que ele escrevera no inicio do romance, mas que não obteve o mesmo final feliz, de um casal idoso admirando o por do sol nos degraus da escada numa casa de campo, com o céu alaranjado e o amor selado pelo olhar apaixonado; ele partira.. não de maneira covarde.. insensível ou coisa qualquer, ele partira cumprindo o destino.Morrendo de forma tosca no retorno de uma viagem de divulgação do livro.
Ela, arrasada era a palavra que mais próximo chegava de seu estado de espírito. Desacreditava de tudo desde que perderá aquele que lhe fizera ver que existe um mundo e nele as possibilidades de se viver feliz.
Essa noite, depois de tantas emoções difusas ela decidira não deixar a luz de seu bruxulento abajur iluminar seu quarto.Decidira que naquela noite viveria a solidão junto a escuridão.Da forma mais pura e dolorida que se possa imaginar, sentiria a amargura da noite junto aos sentimentos derramados em forma de lágrimas.
Deitou-se, fechou o livro, enxugou a última lágrima ardente que acabara de lhe cair e num suspiro profundo pensou "Boa noite meu amor" ao passar a mão sobre o livro e a luz apagou.
Não acreditou em seus ouvidos quando a voz aveludada dele lhe responderá ' - Boa noite meu amor, a tanto espero para lhe dizer mais uma vez que te amo!"
Ela só acreditou no que ouvia ao ver aquela silhueta já tão bem decorada recostada a poltrona no pé da cama iluminada por uma vela, aquela mesma vela que ele sempre acendera para escrever; e na mesma postura que usava toda vez que a acordava ao meio da noite e lhe dizia : "é na pouca luz que a verdadeira historia se mostra e vejo além da folha de papel", e feito todas as vezes ela sorria-lhe o riso mais sincero e lhe dizia : " Amo-te a pouca ou a muita luz", e repetindo mais uma vez essas palavras ele lhe dizia agora : "- E eu a amo até mesmo a nenhuma luz."
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