quinta-feira, 3 de março de 2011

Sobre as reticencias

Sempre há um começo, com um lindo e destacado paragrafo; óbvio e corriqueiro.
Porém nem sempre as coisas acabam; melhor dizendo, nem sempre temos um ponto final demarcando o fim, ficamos nas incertas e nebulosas reticencias...
Foi assim com isso que não podemos nomear e que ainda encontra-se em suspensão.
Sem definição, nem pontuação
Nos encontramos nesse espaço incerto, indefinido, impensado e incompreensível que são as reticencias
Já lhe disse naquilo que ouso chamar de nosso passado que sempre necessitei de pontuação, sempre tive essa mania louca de querer saber se o que vivo é o presente, o passado ou as portas de um futuro.
Essa coisa de leitora assídua me afeta e me prende aos tempos verbais que a vida carrega.Vivo em palavras e por isso preciso de pontuação, para que não me torne um amontoado de letras embaralhadas sem sentido e sem função.
Você sabia dessa minha mania quando se arriscou a escrever na minha historia.Conhecia meus tempos verbais e meu apego a pontuação.
Iniciou um paragrafo cheio de mistérios, com frases inacabadas e intenções pairando nas entrelinhas, sem aviso deixou reticencias, não definiou uma virgula nem um ponto final.. simples e incompreensíveis reticencias...

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